Soneto do Exílio

Soneto do Exílio

Viviane Kulczynski e Ana Paula de Toledo Aygadoux

Ao escutar não se reconheceu

Língua estrangeira; onde se meteu?

Mas foi na fraqueza que sentiu dor

Tão longe do que lhe era amor

*

Quem vê nela só resistência

Não enxerga sob a pele o medo

Sentimento próprio da existência

Consequência infinda de seu degredo

*

E ao lembrar-se da pátira amada

Sobram-lhe lágrimas do devaneio

De velhas mágoas o ventre cheio

*

Repousa âncora no manso porto

Sossega o peito com a esperança

Saudade – pros teus – será herança

Soneto em colaboração com Viviane Kulczynski, que há 25 anos deixou Porto Alegre e, hoje, mora no Rio de Janeiro. Eu, Ana Paula Toledo Aygadoux, deixei São Paulo em 2006, passei por Atibaia e Portugal, e hoje moro na França (março de 2022)

Quer seguir a Viviane Kulczynski? clique aqui @linhacheia

Quer me seguir? clique aqui @anapaulatoledoaygadoux

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